Destituído do mínimo lenitivo,
volto a adoecer.
Aguda e subitamente,
envelheço, ainda mais roto.
Muito mais rápido decomponho
um corpo, em tudo, outro,
a si estranho:
caem-me mais os ralos cabelos,
enfraquecem ossos, encarquilham músculos,
entortam juntas, definham nervos,
dissipa-se parca linfa, evacuada em sangue.
Despojo-me de supérfluas próteses anatômicas;
arranho-me, arrancando nacos de nariz com os malditos ácaros;
recurvo-me em torpe corcunda,
e limpo-me de imundícies imaginárias inimagináveis
em meus pés e mãos;
reaparo unhas além do necessário (menos unha mal-aparada,
menos bizarra ânsia humana à vista).
Arrancá-las seria o ideal.
Masturbo-me compulsivamente pânico.
Sob anômala esquizofrenia,
sucumbo dedicado a qualquer monomania,
a cada, como única,
alternativa
a seu messiânico retorno.
segunda-feira, janeiro 03, 2011
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O Único mundo que é realmente meu é aquele do meu sonho. Os outros... os outros são o que me restou viver.
ResponderExcluirMas ainda acredito que liberdade é poder escolher nossas próprias prisões.
Beijos AFRICANOS saudosos.
S - O - R - R - I - A !