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sábado, julho 24, 2010

Trecho do fragmento 23 do "Livro do desassossego", composto por Bernardo Soares, ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa

Tornarmo-nos esfinges, ainda que falsas, até chegarmos ao ponto de já não sabermos quem somos. Porque, de resto, nós o que somos é esfinges falsas e não sabemos o que somos realmente.

5 comentários:

  1. E Aurora, a princesa, disse a Peter (O Pan): - Cuidado, Peter, cuidado. Nessa minha floresta todos dormem por mais de cem anos. Mas continuam a ser pessoas, e são de carne e osso e sangram, ainda que tanto limo tenha coberto as almas. Primeiro limpe sua ilha, acabe de uma vez com o perna de pau (ou você prefere que ele fique sempre ali??) e depois... depois, Peter, não se deixe morder pela aranha, porque você já não sabe se é Pan ou Parker.

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  2. Bom. Há arte no que você escreve. Além disso: um alarme. Alerta amigo, creio. Susani, de onde nos conhecemos? Não sei ou não lembro quem é você.

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  3. Belo saber que nascimos desnudos e desnudos moriremos, somos alguma coisa? o temos a imperiosa necesidade de autoafirmacao? e passamos a vida dizendo sermos alguma coisa! isso coisa! no maximo um espantalho, Jorge

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  4. Sim, nos conhecemos. Mas só uma parte de nós se conhece. Então, não nos conhecemos. Entretanto, podemos dividir esse pequeníssimo pedaço de conhecimento a que nos dispomos conhecer. Porque o resto, realmente, ninguém está disposto nunca a conhecer. E os bons saem do mundo quase do mesmo modo que entram:. Nus, mas não de corpo. Nus de alma. "E alguém ainda quer saber o que eu tenho a dizer?" "Cuide-se. É um pedido. Você tem a alma nua".

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  5. Queria saber quem é você, ainda que parcialmente.

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